Uma história sobre sororidade.
Título original: Girls made of snow and glass.
Número de páginas: 424.
Autora: Melissa Bashardoust.
Ano de lançamento: 2018.
Editora: Plataforma 21.
Sinopse: Mina é filha de um mago cruel e sua mãe está morta. Aos dezesseis anos, seu coração nunca bateu apaixonado por ninguém – na verdade, ele jamais bateu de forma alguma, e Mina sempre achou esse silêncio normal. Ela nunca suspeitou que o pai arrancara seu coração e, no lugar, colocara um coração de vidro. Então, quando Mina chega ao castelo de Primavera Branca e vê o rei pela primeira vez, ela cria um plano: ganhar o coração dele, tornar-se rainha e finalmente conhecer o amor. A única desvantagem desse plano, ao que tudo indica, é que ela se tornará madrasta. Lynet tem quinze anos e é a imagem de sua falecida mãe. Um dia, ela descobre a verdadeira razão disso: a partir da neve, um mago a criou à semelhança da rainha morta.
Mas, apesar de ser a projeção visual perfeita da falecida rainha, Lynet preferiria ser forte e majestosa como sua madrasta, Mina. E Lynet realiza seu desejo quando o pai a torna rainha dos territórios do sul, tomando assim o lugar de Mina. A madrasta, então, começa a olhar para a enteada com algo que se assemelha ao ódio, e Lynet precisa decidir o que fazer – e quem quer ser – para ter de volta a única mãe que de fato conheceu... ou simplesmente vencer Mina de uma vez por todas. Garotas de Neve e Vidro traça a relação de duas mulheres fadadas a serem rivais desde o princípio – a não ser que redescubram a si mesmas e deem novo significado à história que lhes foi imposta.
Este aclamado reconto feminista do clássico Branca de Neve nos leva a um mundo singelo e, ao mesmo tempo, maravilhoso – como nos contos de fadas. Uma releitura contemporânea para mantê-lo sempre atual e presente.
“Garotas de neve e vidro” foi uma surpresa gostosa e realmente fiquei impressionada com essa releitura que trouxe um ponto de vista muito mais sensível e real de uma história que nós estamos tão familiarizados.
A primeira coisa que posso dizer é que gostei muito que a autora não entrou na onda da madrasta má. Indo na verdade para questão do quanto o afastamento entre elas não se dava ao fato de que o pai não queria que elas fossem próximas, para que, justamente, a garota não a visse como uma mãe.
Oficialmente a personagem que mais gostei foi a Mina (a rainha). Não que a Lynet (a princesa), fosse chata ou qualquer coisa, mas o arco dramático da Sulista era muito maior, mais complexo e, até mesmo, um pouco mais importante.
Enquanto Lynet vivia com a insegurança de ser apenas a sombra do que havia sido sua mãe, Mina tinha que lidar com os abusos psicológicos de seu pai, todas as cobranças do mesmo, as inseguranças que ele implantou nela e, depois, com o descaso do marido. E mesmo com esse monte de problemas ela ainda conseguia ser uma mulher forte e uma líder sábia e justa.
A única coisa que me desagradou um pouco é que, mais ou menos na metade do livro, a autora colocou uma carga dramática exagerada demais, o que acabou me cansando um pouco. A sorte é que nos últimos capítulos isso acaba sendo suavizado, dando um final realmente bom e que me arrancaram algumas lágrimas sinceras.
No geral é um bom livro, com personagens bacanas e que mostra de forma limpa o significado da palavra: sororidade, em sua forma mais ampla. Vale super a pena a leitura.
“Garotas de neve e vidro” foi uma surpresa gostosa e realmente fiquei impressionada com essa releitura que trouxe um ponto de vista muito mais sensível e real de uma história que nós estamos tão familiarizados.
A primeira coisa que posso dizer é que gostei muito que a autora não entrou na onda da madrasta má. Indo na verdade para questão do quanto o afastamento entre elas não se dava ao fato de que o pai não queria que elas fossem próximas, para que, justamente, a garota não a visse como uma mãe.
Oficialmente a personagem que mais gostei foi a Mina (a rainha). Não que a Lynet (a princesa), fosse chata ou qualquer coisa, mas o arco dramático da Sulista era muito maior, mais complexo e, até mesmo, um pouco mais importante.
"Há coisas piores no mundo que ser delicada. Se você é delicada, significa que ninguém tentou quebrar você."
Enquanto Lynet vivia com a insegurança de ser apenas a sombra do que havia sido sua mãe, Mina tinha que lidar com os abusos psicológicos de seu pai, todas as cobranças do mesmo, as inseguranças que ele implantou nela e, depois, com o descaso do marido. E mesmo com esse monte de problemas ela ainda conseguia ser uma mulher forte e uma líder sábia e justa.
A única coisa que me desagradou um pouco é que, mais ou menos na metade do livro, a autora colocou uma carga dramática exagerada demais, o que acabou me cansando um pouco. A sorte é que nos últimos capítulos isso acaba sendo suavizado, dando um final realmente bom e que me arrancaram algumas lágrimas sinceras.
No geral é um bom livro, com personagens bacanas e que mostra de forma limpa o significado da palavra: sororidade, em sua forma mais ampla. Vale super a pena a leitura.
"As pessoas não são racionais quando se trata de assuntos do coração"
Comentários
Postar um comentário