Fiquei sinceramente impactada com essa música.

Eu não sou muito ligada ao mundo da música, pelo menos não tanto quanto sou dos livros/séries/filmes, então eu sei que esse não é nenhum lançamento, mas ouvi apenas agora e fiquei completamente impactada, de verdade.

Um ponto importante é que não sou nenhuma conhecedora técnica de música ou uma grande fã da Demi, então não me julguem, okay?

Como muitos sabem, tem muito tempo que a Demi Lovato enfrenta problemas como bulimia, anorexia, depressão e etc, e isso acabou fazendo com que a mesma caísse no vicio em drogas e bebidas. Há alguns anos atrás ela havia “superado” tudo isso (se tornando um grande ícone no sentido de reabilitação), mas recentemente acabou sofrendo uma recaída e só se ouvia sobre isso nas redes sociais. Agora, um pouco depois da recaída e de todo esse BUM que acabou gerando, eis que ela surge com essa música que, além de muito linda, trás muito dela e da vida.

Logo na primeira parte quando ela fala sobre o processo de desintoxicação, já causa um impacto por ser muito intenso, porque é algo muito cru e sincero. É notável o quanto a coloca de si mesma na música e que a mesma não é uma justificativa, ela não está se explicando a alguém, ela apenas está se mostrando.

E então nós temos esse refrão que mexeu com minhas estruturas pela exposição e por trazer a questão da solidão.

Nós acreditamos que celebridades, por terem tantos fãs e seguidores, são completos e perfeitos, mas não são. E se sentir sozinho é muito mais complexo do que apenas não ter ninguém presente com você em um ambiente. As vezes a gente se sente só no meio de uma multidão, porque estamos completamente desamparados. Presença não é física. Presença é amparo. E para ela ter chegado onde chegou, foi justamente por não se sentir amparada e isso fica muito evidente na música.

Então, quando acha que ela não vai mais nos abalar, ela vem com essa parte incrível:

Sinceramente não há muito mais a se dizer. Nós achamos que pessoas famosas são perfeitas, mas elas são só pessoas como a gente. Elas sofrem, tem problemas e ainda lidam com toda a pressão de manterem essa imagem intocável que idealizamos.

A gente acaba, sem querer, colocando sobre os ombros de desconhecidos a grande carga que é ser o modelo a ser seguido e isso deve ser muito difícil de administrar mentalmente. E quando essa pessoa acaba falhando, acaba gerando um impacto muito grande porquê existia essa cobrança infundada pela perfeição que ninguém pode oferecer.

E para terminar ela nos fala isso:

E é só.

Sinceramente acho que essa música é muito importante no quesito empatia. A gente gosta de julgar os outros (principalmente quando há vícios envolvidos), mas nós nunca andamos pela estrada ou com os sapatos daquela pessoa. Nós simplesmente apenas pressupomos os motivos que levaram até aquele ponto, mas a margem de erro é muito grande.

As vezes essa pessoa, que está em uma situação complicada, não sabe como pedir ajuda, não sabe como sair dessa situação e que, acima de tudo, ela sente muito, principalmente por si mesma.

Para quem quiser conferir o clipe é só clicar aqui.