Talvez as vezes eu seja de verdade.
“Hoje entrei no banheiro e me
despi, mas não apenas das roupas. Com
elas tirei minha armadura e minhas máscaras. Deixei que aquelas paredes
contemplassem minha alma nua. Deixei que
vissem tudo que estava por baixo da superfície planejada. Toda a dor, confusão,
tristeza, medo, anseio... Tudo! E me forcei a ver também.
Naquele espaço limitado me senti
maior do que no resto dos lugares que frequento, porque naquele momento estava
verdadeiramente ali. Quem sou estava naquele banheiro e só isso fez com que me
sentisse maior que no resto do tempo.
Quando as lágrimas se mesclaram
com a água do chuveiro, me permiti acreditar que elas estavam me lavando por
dentro. Que elas estavam levando para o ralo tudo aquilo que queria deixar para
trás e isso pareceu fazer toda a diferença.
Não sei se me senti melhor quando
sai de lá. Só sei que me senti real e apenas isso é muito mais do que muita
gente consegue sentir.”
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