Todos nós temos fantasmas.
Titulo Original: The haunting of Hill house.
Primeiro episódio: 12 de Outubro de 2018.
Emissora original: Netflix.
Diretor: Mike Flanagan.
Idioma original: Inglês.
Número de temporadas: 01.
Número de episódios: 10.
Geralmente quando muita gente
começa a falar sobre alguma série ou livro (hipe
é o nome), meu subconsciente começa a me mandar alertas de: “Nãoooooo, Alana.
Fique longe! É roubada!”, mas, como o bom e comum ser humano que sou, as vezes
acabo ignorando esse alerta e verificando sobre o que esta sendo falado por
pura e límpida curiosidade, e dessa vez tenho que tirar meu chapéu e dizer que
foi ótimo me deparar com essa série.
Antes de tudo, ouvi/li em muitos
lugares pessoas questionando o motivo dessa produção não ser um filme, como
outras adaptações do livro do qual essa série se baseia (e como não o li, não
vou cita-lo aqui, já que não tenho como comparar), então, antes de tudo, tenho
que dizer se essa produção fosse reduzida as duas/três horas convencionais de
um filme, teria perdido MUITO de sua qualidade e essência. Então: Não, não
poderia ser um filme.
Outro ponto muito importante é
que, graças ao universo, aqui não temos o tipo de terror escancarado, cheio de
jump-scars que estamos tãooooooo acostumados. Na verdade essa série acaba indo
mais na direção do terror psicológico. Aquele que faz você ficar agoniado e
vendo coisas depois de parar de assistir.
Inclusive, para “melhorar minha
experiencia de imersão”, eu decidi que só assistiria essa série a noite e tenho
que dizer que foi uma coisa muito bacana. E acho até um pouco vergonhoso
admitir que fiquei um pouco paranoica. (Mas nada grave, tudo bem? Apenas tive
que levantar, tomar um gole de agua, me lembrar que é apenas uma série e ir
dormir. Super comum e superável, minha gente.)
Na minha opinião um dos acertos
em cheio foi desenvolver cada personagem de maneira com que quem estava
assistindo conseguisse criar “laços” e se importar com os mesmos (mesmo
mecanismo que o Rei usa em It, que incrusive tem resenha no Blog. Para conferir é só clicar aqui.). E isso faz com que o espectador fique agoniado
com o que pode acontecer com os mesmos. Então o medo não se dá só pelo o que
esta sendo visto (elementos de terror), mas pelo anseio de que algo de ruim
aconteça aos personagens. E essa é uma sacada de mestre dentro do gênero.
Então nos primeiros episódios nós
damos uma pequena atenção especial para cada um deles, mesmo que todos os fatos
estejam rodando em torno da problemática que é um evento que aconteceu no
passado e no tempo presente dos mesmos. (Estou me esforçando aqui para não dar
nenhum spoiler. Valoriza, galera!).
Outro ponto muito bom é que o
tempo presente e passado em que se passa a história é muito bem definido e
conectado. Não existem eventos desnecessários sendo mostrados apenas para ter
um elemento de terror e assustar o espectador de graça. Tudo que é mostrado
serve para montar o mosaico que levou até a problemática e que levará até a
conclusão da mesma.
E ainda, para aqueles mais
céticos, a série também nos apresenta a discussão do quanto essas coisas ou
experiencias “paranormais”, não são só criação das nossas cabeças para
justificar ou dar significado a alguns eventos traumáticos. E essa linha de
raciocínio fica sempre muito em evidencia, abrindo assim o leque para VÁRIAS
interpretações.
Mas, uma coisa que me surpreendeu
(que não apenas a qualidade excepcional dessa série), é que mesmo sendo uma
produção de “terror”, essa conseguiu me trazer ensinamentos e até me arrancar
algumas lágrimas no final.
Fica a minha indicação FORTÍSSIMA.
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