Uma história muito bem amarrada com a realidade.

 Título original: Inês não está morta.
Número de páginas: 269.
Autora: Gabriela A. Maia.
Ano de lançamento: 2018.
Editora: Independente.
Sinopse: INÊS NÃO ESTÁ MORTA é uma ficção histórica que tem como plano de fundo a trágica história de amor entre Inês de Castro e Pedro I de Portugal. Manoel, um menino pobre de Coimbra, caçula de quatro irmãos, frequentará o Paço de Santa Isabel, pois sua mãe se tornará serviçal da corte de Coimbra. 

O menino presencia cenas épicas da história de Portugal, como a morte de Pedro Coelho – assassino de Dona Inês – encomendada por Don Pedro. A polêmica coroação post mortem de Inês de Castro é descrita por Manoel e neste momento ele descobre que consegue se conectar com pessoas mortas. Esse dom é o grande vetor de mudança na vida do menino, que a partir de então passa a desenhar Inês, verdadeiro amor do rei, e estreita seus laços com o monarca. 

Don Pedro mudará a vida de Manoel e o levará a seguir a carreira de pintor. Para tanto, Manoel partirá de Coimbra e viverá na Espanha, na França e na Itália, regressando para sua terra natal após grandes dores.
Uma história de fé, espiritualidade, amizade e, acima de tudo, de amor além da vida.


“Inês não esta morta” foi um livro que no começo me deixou um pouco preocupada, mas que se mostrou, ao decorrer das páginas, muito bem construído e executado.
Nesta ficção histórica acompanhamos a trajetória de Manoel, que se vê interligado a fatos, momentos e pessoas muito importantes na história de Portugal, dentre elas a própria Inês de Castro e Pedro I.

"Afinal, assim é nossa trajetória: feita de encontro de almas interligadas por motivos  nem sempre compreendidos, mas que lá, em algum lugar sagrado, se saberá."
(Capítulo XXIII)

A única coisa que me preocupou um pouco foi que, no começo, a voz narrativa da autora estava um pouco... Bamba. Como se ela ainda não tivesse certeza de qual postura assumir. Mas depois ela se estabiliza e nos entrega um produto muito bom, mostrando que ela realmente se esforçou nas pesquisas antes desse projeto, tanto que conseguiu interligar fatos que de fato aconteceram com a ficção a ponto de que o todo parece muito real, como se sim, houvesse uma possibilidade das coisas terem ocorrido da mesma forma que no livro.
Não há grandes plots ou viradas de mesa na trama, que na verdade é bem retilínea, o que para mim não foi uma coisa ruim, mas para aqueles que gostam de livros mais “ativos”, talvez seja um pequeno demérito.
No geral foi uma boa leitura.

"Na madureza da vida, nos damos conta ao caminhar por nossos sonhos, que nem sempre eles eram a coisa mais importante."
(Capitulo XXVIII)

Comentários

Postagens mais visitadas