Um livro que me fez chorar antes da página 50.

Título original: Golden Boy.
Número de páginas: 384.
Autora: Abigail Tarttelin.
Ano de lançamento: 2013.
Editora: Globo Livros.
Sinopse: A família de Max não permitiria nenhum desvio na imagem perfeita que havia construído. Melhor aluno da escola, capitão do time de futebol, atlético, simpático, sucesso entre as garotas: Max, o primogênito, é o menino de ouro. Ninguém poderia dizer que sua vida não é perfeitamente normal. Ninguém poderia dizer que Max esconde um segredo. 




“Menino de ouro” foi uma leitura que comecei com as expectativas lá no alto e que não me decepcionou. É um livro sensível, bem construído e que aborda temas bem difíceis, mas de uma maneira que prende o leitor e não o cansa. Você realmente fica imerso no mundo de Max e seus segredos, se sensibilizando pelo personagem e querendo saber como tudo vai se desenrolar.
Como qualquer livro, esse também tem seus problemas. Algumas vezes senti que as problemáticas eram tão interligadas e tão grandes, que chegavam quase ao exagero. Fazendo, em alguns pontos, quase perder a credibilidade de tudo que estava sendo apresentado. E que alguns personagens poderiam ter sido melhor explorados e usados na trama, não só ficarem ali flutuando sem grande serventia, apenas avolumando o círculo de pessoas envolvidas nas vidas dos personagens.

Um dos pontos altos desse livro, na minha opinião, é a alternância de narrativa. Nos dando uma visão mais ampla de como os fatos afetam as diferentes pessoas envolvidas na história. Como cada personagem lida com as situações em comum e individuais. Dando amplitude a visão do leitor quanto aos acontecimentos. Fazendo com que se forme um laço não apenas com Max, o personagem principal, mas com todos os envolvidos.
É difícil escrever sobre esse livro sem dar spoilers, então tudo que posso dizer é que: Vale muito a pena ler esse livro! Foi uma leitura incrível, sensível e surpreendente. Uma super indicação!

"Crescer já é devastador o suficiente sem que isso aconteça antes do que se espera."
(Página 374)

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