Se te bater esse tipo de esperança: FUJAAAAAA!
Título original: Um toque de esperança.
Número de páginas: 266.
Autora: Helena Lopes.
Ano de lançamento: 2016.
Editora: Amazon.
Sinopse: Miguel Walker é um homem frio preso no passado e guiado por sua sede de justiça e pelo desejo de vingar a morte de sua filha.
Mas quando seu olhar encontra o sorriso de Clarice Hope, ele se encanta pela doçura dessa mulher e não percebe que está caindo lentamente no precipício da paixão, o que nunca poderia deixar acontecer.
E mesmo tentando mantê-la longe, não consegue esquecê-la e sua vida começa a girar em torno dela, que deseja livrá-lo das sombras de pecado que carrega tão dolorosamente.
Assim, eles se tornam mais do que amantes, se tornam cúmplices de uma história tão intensa que irá abrir as portas de um passado infeliz e de um futuro misterioso, porque tudo o que precisavam eram de um ao outro, e de um toque de esperança.
“Um toque de esperança” foi problemático demais para que eu pudesse
gostar dele.
Como geralmente começo minhas
resenhas apontando aquilo que não gostei, vou fazer diferente. Então: Esse é o
típico romance bem escrito, mas que a autora falhou na escolha/desenvolvimento
da trama.
É notável o quanto a autora é
segura quanto a escrita. Sem falar que ela consegue desenvolver um ritmo
próprio e cativante, que guia o leitor com facilidade. Sem abusar de diálogos
explicativos ou coisas do tipo, como é muito comum em alguns escritores do
gênero.
Mas, todavia, essa segurança/ habilidade quanto a escrita acaba sendo
apagada pelo enredo problemático e pelo casal de protagonistas nada funcionais.
Eu simplesmente não conseguia torcer para eles ficarem juntos, porque isso era
escancaradamente o pior para eles.
Nosso protagonista aqui é o
típico machão, Stalker, obsessivo. E
gente, ISSO NÃO É FOFINHO!!! O cara te perseguir, invadir suas contas pessoais,
controlar seus horários e esse tipo de coisas, são sinais de PERIGO! Não achem
que vocês podem mudar alguém ou que aquilo é apenas uma face obscura dentro de
um diamante multifacetado, que não é assim! E autora vender isso de um jeito
romantizado foi um soco no meu estomago.
Como disse em resenhas
anteriores: Eu sei que coisas acontecem com pessoas e que as mesmas geram
consequências. Mas esse fato não é desculpa para NADA. Somos nós que decidimos
o que será feito daquele ponto em diante e nosso protagonista toma,
simplesmente, as piores decisões. (E nossa protagonista não vai muito atrás.
Provavelmente o sinal de: “CORRA!”, dessa garota veio quebrado. Por favor
verificar e substituir. Obrigada.)
Então, assim: Foi uma leitura
boa, no quesito fluidez, mas difícil de engolir.
(E isso, minha gente, é pessoal.
Eu simplesmente não tenho mais colhões para romantizar casais/relacionamentos disfuncionais.
Me desculpe, minha gente. Mas não vou ser eu a vender esse tipo de imagem [que
pessoas podem mudar pessoas problemáticas] e viver com o peso na consciência.)
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