Dois livros teriam sido mais do que apenas suficiente.


Título original: The Death Cure.
Número de páginas: 368.
Autor: James Dashner.
Ano de lançamento: 2012.
Editora: V&R Editoras.
Sinopse: Por trás de uma possibilidade de cura para o Fulgor, Thomas irá descobrir um plano maior, elaborado pelo CRUEL, que poderá trazer consequências desastrosas para a humanidade. Ele decide, então, entregar-se ao Experimento final. A organização garante que não há mais nada para esconder. Mas será possível acreditar no CRUEL? Talvez a verdade seja ainda mais terrível... uma solução mortal, sem retorno.


 “A cura mortal” foi um livro que, definitivamente, não funcionou para mim. Ao meu ver foi um livro forçado, vazio e desnecessário.
O primeiro livro entregou exatamente o que a premissa prometia: um grupo de adolescentes sem memória, que estavam presos em um labirinto repleto de perigos e que fariam de tudo para sobreviver. Tudo bem. Foi ótimo, cheio de ação, com uma ideia original e que ofereceu um final muito bom, com toda a revelação que teve e tudo mais.
No segundo, quando nos é apresentada a realidade desse mundo que nossos Clareanos são personagens, com o CRUEL de um lado e o Fulgor do outro, nos é oferecido algumas respostas, mas não muitas, e com cenas de ação de tirar o folego. Então mesmo que não tenha dado grandes respostas, foi um livro que aumentou um pouco o horizonte do leitor, sobre a situação do mundo e sobre a doença, e tinha um ritmo muito bom e interessante.
Agora nesse último, além de não oferecer explicações significativas, já que os personagens continuam sem saber nada, também não oferece nada de novo, com relação aos livros anteriores. É apenas os mesmos elementos já usados, com os personagens perdidos, vagando pelo cenário sem fazer nada significativo e quando apresentado um novo elemento a trama, ele é completamente jogado ali no meio, sem grandes explicações ou um desenvolvimento para que faça sentido ou seja importante. Também não há muitos elementos para criar empatia pelos personagens, apenas algumas cenas de comoção forçadas que, no meu caso, apenas me arrancaram um suspiro cansado.
Apenas as últimas cem páginas oferecem algo quase significativo para a trama, mas mesmo assim de maneira rasa e corrida. Dando algumas informações, mas não todas que teve tempo de oferecer. E tenho que dizer que a vaga explicação do porquê o CRUEL é bom me deixou com tanta raiva que quase joguei o livro na parede.
Mas, enfim, foi um livro que não funcionou para mim, mas pode vir a funcionar para outras pessoas, afinal é uma série que fez bastante sucesso justamente por agradar mais do que desagrada. Infelizmente para mim foi uma tremenda furada e perda de tempo. Acho que a história teria funcionado bem mais se tivesse sido uma duologia, poupando o leitor de toda a enrolação.

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