Uma carta para mim mesma.
Se eu tivesse a capacidade de
dizer algo para a Alana de seis anos atrás, diria a ela para parar, contar até
cinco, respirar fundo, porque nem tudo é o fim do mundo. Não é o fundo do poço.
Não é o fim da linha. Pelo contrario, é apenas o começo e que você vai ter que
ser muito forte e aprender muita coisa para lidar com tudo isso, mas que você
vai conseguir, porquê, por mais que você ainda não saiba, você é incrivelmente
forte.
Queria dizer que os dias ruins,
aqueles que a única coisa que se quer é deitar na cama como uma bolinha e
esperar que as cobertas te levem para bem longe, que eles passam. Talvez não no
dia seguinte, mas você vai voltar a ter vontade de abrir a janela e deixar a
luz entrar. E que não faz mal você se sentir assim. Não é errado se sentir mal.
Não é fraqueza. É apenas sua humanidade. É apenas você. Você não precisa ser forte.
Alguns dias você vai sentir que
pode abraçar o mundo com as pernas, mas vai descobri que não pode. Mas não
desanime. Você pode não conseguir abraça-lo com as pernas, mas, com um pouco de
empenho, os seus braços conseguirão envolver sonhos sólidos.
Você não é a primeira, nem a
ultima, pessoa a passar por esse tipo de coisa, então não deixe isso definir
quem você é.
Você é incrível! Sai do canto e
faça amigos! Você não precisa viver nos cantos apenas para não ser rejeitada.
As pessoas que valem a pena podem estar apenas a distancia de um “Oi”, e você
nunca vai alcança-las se não sair do lugar.
Com o tempo tudo vai melhorar.
Você vai ficar mais madura e mais plena. Aos poucos as suas cicatrizes vão
deixar de ser algo ruim e você as verá como marcas de batalha. Sinais de
vitória.
Então, Alana, apenas dê tempo ao
tempo, porque, como eu disse no inicio, não é o fim do mundo. Na verdade, para
nós, ele está apenas começando e tem sim muita coisa que vale a pena de onde
você esta para frente. Pois, ao mesmo tempo que vão haver muitas dores, há
muita felicidade no seu caminho, mas antes você precisa de desfazer dessa
mochila pesada onde você carrega o passado, para então seguir, sem medo, para o
futuro.
Com amor, Alana.
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