Uma brisa muito, MUITO louca!
Título original: ELE.
Número de páginas: 99.
Autora: K. M. Mendes.
Ano de lançamento: 2018.
Editora: Independente.
Sinopse: Heaven Wright é uma jovem de dezoito anos que está tentando se encontrar depois de sair de um coma. Apesar de não ter sequelas, Heaven não consegue se lembrar de quem é e nem de quem está a sua volta.
A única pessoa que ela lembra é de um homem que aparece em suas visões todas as noites, ele não diz seu nome, mas a garota sabe que seu coração o conhece.
Sem poder distinguir se ele é um fantasma, uma alucinação ou apenas fragmentos de suas memórias, Heaven fará de tudo para saber quem é ele. E quando descobre a verdade terá que lutar com todos ao seu redor que acreditam que ela esteja louca.
Afinal, quem é Ele?
“Ele” foi um conto que eu não sei
dizer o que senti a respeito assim que terminei a leitura. Então vamos por
partes.
Primeiro: Não sei se gostei da
escrita de forma geral. Mas, por um lado, talvez ela tenha sido premeditada,
uma vez que a personagem é mentalmente abalada.
(Uma coisa que me incomodou muito
é que em dado momento, quando ela acha que tem um filho, tem horas que a
criança é citada como “ele” e em outras como “ela”. Não sei se foi porquê a
personagem é louca ou se foi um erro, mas me incomodou demais!)
Segundo: O mesclar de tudo ficou
meio mal feito. A questão dos delírios, a questão religiosa e tudo mais... Bem,
em alguns livros que lidam com esse tipo de tema é possível “ ver” os limites
do que é imaginário, do que é real e ao mesmo tempo onde tudo se mescla. Mas
por conta da narrativa confusa esses pontos ficaram MUITO bagunçados. Sem falar
que a narrativa, em alguns pontos, sai correndo em disparada, sem direção e o
leitor fica ali no meio completamente perdido.
Terceiro: A explicação de tudo
foi meio... Insuficiente. A autora até que tinha uma boa ideia em mãos, mas a
coisa acabou ficando bagunçada. Tanto que ao terminar fiquei me perguntando
qual o ponto que ela queria chegar. Ela queria falar sobre transtornos
psicológicos? Sobre religiosidade? Queria criar uma nova “perspectiva”? Não
sei! As coisas acabaram sem norte e sem propósito, na MINHA opinião.
Quarto: o final. Eu nem sei o que
falar sobre ele, MAS posso dizer que a coisa mais bonita (e que foi o que me
fez dar a segunda estrela, na realidade), foi toda a última conversa da
personagem principal com Gênese e a parte final sobre o céu e o mar se juntarem
e tals. Foi uma boa analogia, de verdade.
MAS, de forma geral, não sei se
recomendo esse conto, então isso quer dizer que se você resolver embarcar nessa
história estará por sua conta e risco. Talvez você goste, talvez não. Eu não
consegui me decidir.
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