Dark Fantasy de primeira qualidade!




Titulo original: Jardim dos famintos.

Número de páginas: 410.
Autor: Adams Pinto.
Ano de lançamento: 2017.
Editora: Publicação Independente.
Sinopse: Um grupo de pessoas desperta com máscaras sobre seus rostos e sem nenhuma lembrança do passado. Eles partirão à procura de respostas em territórios selvagens, e apenas juntos conseguirão sobreviver aos mais diversos perigos que se esgueiram nas trevas. Entretanto, esses mascarados precisarão lidar com suas diferenças e resistir a um misterioso desejo de consumir carne humana que poderá destruí-los. Jardim dos Famintos é uma jornada através de locais inomináveis, onde o seu instinto primitivo é a chave para a sobrevivência.


“Jardim dos famintos” foi um livro muito gostoso de ser lido, em que cada capitulo me instigava, me deixando curiosa para chegar ao fim.
Aqui nós acompanhamos a trajetória de um grupo de pessoas que acordam completamente sem memória e com máscaras estranhas cobrindo seus rostos, mas que além de terem que buscar por respostas, devem tentar sobreviver nesse local e resistir a vontade de consumir carne humana.

"Vós sereis a luminescência da vida lutando contra o abismo da extinção!"
(página 378)

Primeiro ponto: O livro, em seu aspecto físico, é muito lindo e os desenhos que antecedem cada capitulo são espetaculares. Dando um breve vislumbre do que está por vir, mas sem dar nenhum spoiler. É como se fosse um aperitivo que te instiga a continuar.
Segundo ponto: Achei a escrita do autor funcional e confortável de ser acompanhada, mesmo que algumas vezes eu tenha meio que me perdido no cenário (Com tantos desenhos, ele bem que poderia ter posto um mapa no meio do livro, já que no começo poderia entregar um pouco da trama.). As cenas de luta são bem descritas, sem serem caóticas e bagunçadas. E, um dos maiores méritos, na minha opinião, é que ele tem um tato perfeito no quesito causar angustia no leitor. Em todo momento eu ficava aflita tanto com o que estava acontecendo, quanto com o que poderia acontecer, coisa que me motivava a avançar a cada capitulo.
Terceiro ponto e talvez o mais triste, mas não que desmerece a obra em geral: Eu achei o final levemente corrido e talvez um pouco destoante do restante da obra. Ta, parece que estou criticando de maneira negativa, mas não é essa a intenção. Nesse caso o livro, ao seu longo, tem uma qualidade excelente e é instigante de uma forma alucinante, até que nos últimos dois capítulos o autor parece que esfria, como se ele não tivesse mais como sustentar a história e terminasse com ela.
E o capitulo final... É bom, bem orquestrado, funcional, cabível, MAS não me agradou tanto assim. Acho que por justamente ter me empolgado em demasia com todo o ritmo do resto do livro, esses últimos capítulos acabaram me frustrando um pouco. Mas isso não quer dizer que tenham sido ruins.
No geral foi uma boa leitura e super recomendo para quem busca por leituras diferentes com finais inesperados.

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