Um livro que te deixa "ressabiado" do começo ao fim!
Título original: Nova Jaguaruara.
Número de páginas: 240.
Autor: Mauro Lopes.
Ano de lançamento: 2017.
Editora: Amazon.
Sinopse: Um antigo e curioso evento acontece todos os dias em Nova Jaguaruara, uma pequena cidade no interior do Ceará: à meia-noite, as luzes se apagam e a cidade cai na escuridão por exatamente um minuto. Vicente e sua equipe de trabalho chegam à cidade para estudar as condições para a instalação de torres de energia eólica na região e, quem sabe, resolver o estranho problema de queda de energia. O que eles não sabiam, entretanto, é que a cidade esconde uma terrível história relacionada ao desaparecimento de pessoas desde o início do século XX. A única coisa de que são alertados desde o primeiro dia é o fato de não poderem se aproximar de uma igreja abandonada na beira da estrada, um pouco afastada de Nova Jaguaruara. Infelizmente, o aviso não é o suficiente e logo Vicente e sua equipe encontram-se presos nos terríveis mistérios da cidade
“Nova Jaguaruara” é um livro muito bem escrito, com uma trama bem construída,
mas com um final brusco demais.
Aqui acompanhamos varias linhas
temporais que tem como cenário a mesma cidadezinha amaldiçoada do interior de
Fortaleza, onde ocorrem diversos desaparecimentos sem explicações.
“Mas se tem uma coisa que eu aprendi é que o mal se incomoda
quando tudo vai bem e dá um jeito de acabar com a paz dos outros.”
(Capítulo 03)
Bem, é inegável o quanto o autor
tem capacidade de tecer um clima que te deixa apreensivo e que realmente pesa
mais e mais a cada página. Sem falar da ambientação impecável e da construção
de trama muito bem feita, deixando o leitor realmente imerso.
Outro ponto importante, na minha
opinião, é que os próprios elementos de terror são mais implícitos que
explícitos, fazendo com que qualquer parte possa ser uma ameaça, deixando assim
a tensão potencializada, o que é um grande feito dentro do gênero.
“[...] o silencio dos covardes será para mim a melhor
resposta.”
(Capítulo 22)
A única ressalva que faço é com
relação ao final, que, como disse anteriormente, foi muito brusco. Como o
próprio ritmo do corpo do livro era mais lento, eu esperava que o final
mantivesse isso, construindo uma conclusão a pequenas pinceladas, mas o que nos
é entregue são as últimas vinte paginas em um ritmo alucinado, dando todas as
respostas repentinamente e então finalizando. Não é sempre que digo isso, mas
ele poderia ter ido mais devagar, apenas para não destoar tanto do restante do
livro.
De qualquer forma o final não
desmereceu a qualidade da obra em geral. Para os grandes fãs de terror e
principalmente que gostam de construções de trama mais lentas (ao estilo King),
é muito possível que esse livro seja do agrado. Fica a dica.
“Pessoas faziam atrocidades quando escapuliam da borda fina
e frágil do equilíbrio.”
(Capítulo 16)
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