Bom, mas poderia ter sido ótimo!


Título original: Abrakadabra: A fênix azul.
Número de páginas: 469.
Autor: F. B. Vlaxio.
Ano de lançamento: 2017.
Editora: Amazon.
Sinopse: Com seus 17 anos e o plano de não se apaixonar por ninguém, Edgar nunca pensou que sua vida perfeita pudesse ser abalada. Até conhecer Klaus, o cara de outra cidade que agora frequenta a mesma escola que ele.
Klaus, por outro lado, não faz ideia de que a família de Edgar vem de uma linhagem poderosa de bruxos e que, munido do feitiço correto, ele seria capaz transformá-lo numa lagartixa vesga com um único estalo de dedos.
Os dois acabam pulando as etapas da amizade e se apaixonam logo de cara, tendo de arcar com as consequências desse sentimento instantâneo enquanto lidam com a descoberta de um amor proibido.
Para piorar, um bruxo das trevas resolve abrir um portal para o Desmundo, permitindo a invasão de demônios ao plano físico dos humanos. Sem alternativa, inimigos de longa data são obrigados a unir forças para combater ameaças jamais vistas na pacata cidade de Anévoa.
Com bruxos que usam identidades secretas, demônios à beira da crise existencial e uma cidade cheia de seres místicos que não sabem a diferença entre uma perna quebrada e uma perna com fratura exposta, ‘A Fênix Azul’ é uma história sobre o valor da amizade e o nascimento da bravura, que traz em seu repertório rituais mágicos, monstros lendários e disputas por poder capazes de definir o vencedor na batalha entre bruxos e demônios

“Abrakadabra: A fênix azul” foi bacana, mas as últimas cinquenta páginas quase estragaram minha experiencia de leitura.
Aqui nós acompanhamos a trajetória de Edgar, um jovem de família bruxa tradicional e renomada, que se vê apaixonado pelo primogênito da família rival e tudo isso tendo como plano de fundo uma iminente guerra entra a sociedade bruxesca e uma orla demoníaca.

“Se você se esconde por tanto tempo e mesmo assim alguém descobre seu esconderijo com facilidade, vai querer entender o que delatou sua localização. Esse teoria é aplicável a todos os campos da vida.”

(Página 69. Capítulo 05- Encontro)


É um pouco complicado falar sobre esse livro porque boa parte da leitura foi muito agradável, mas quando começaram as verdadeiras problemáticas pareceu que o autor queria passar muita coisa, mas acabou se perdendo dentro da quantidade de informações que ele queria dar.
Vamos por partes: O começo e a apresentação de personagens/cenários foi muito bem executado. Mesmo que o sistema de magia aqui apresentado tenha suas falhas, dentro do livro até que foi bem funcional (Babys, se a Rowling falhou no sistema de magia dela, não vou exigir perfeição de ninguém. Ponto.).
Inclusive o começo do romance entre Edgar e Klaus se mostrou uma narrativa muito interessante, porque toda a vez que algo clichê acontecia, nosso narrador-personagem falava explicitamente sobre isso, o que aliviava o fato de ser uma coisa que vemos em demasia por ai, fazendo com que você ignore isso e só aproveite as cenas dos dois.

“A consciência é um gatilho perigoso.”
(Página 255. Capítulo 25- Alguns Monstros Lendários.)

Mas, como disse no começo, quando as problemáticas “importantes” da trama começaram a acontecer, o autor despejou um monte de coisas, meio desordenadamente, e isso acabou prejudicando meu aproveitamento. (Inclusive a vontade de pular essa parte foi muito grande, mas como era o final e era tecnicamente importante, acabei me arrastando rumo a conclusão.)
Minha visão geral é que: É bacana. Foi muito bom colocar personagens representativos dentro do gênero de fantasia. Ter personagens femininos fortes fez toda a diferença. Mas quando o caldo esquentou perdeu um pouco o gosto.
Indico? Indico, mas se prepare para a quebra de ritmo que, para mim, foi inevitável.

“ A noção de certo e errado muda de acordo com a sociedade.”
(Pagina 158. Capítulo 13)

Comentários

Postagens mais visitadas