Bom ou ruim, eis a questão...


Título original: Aquaman.
Estréia: 13 de Dezembro de 2018.
Direção de: James Wan.
Duração: 140 minutos.
Classificação: 12+.
País de origem: EUA.
Sinopse: O meio-humano, meio-atlante, Arthur Curry, é levado á jornada de sua vida - uma jornada que vai forçá-lo a não ser só encarar sua verdadeira identidade, mas também a descobrir se ele tem o que é necessário para ser um rei, juntando seus dois mundos.


Depois de todo mundo ter visto, aos quarenta e cinco do segundo tempo, eis que fui assistir Aquaman, e o que dizer de nosso novo filme da DC?
Bem, aqui nós temos a típica jornada do herói das telonas: Ele é um “Zé ninguém”, filho de alguém importante. Esse “alguém importante” morre. Um tirano injusto sobe ao poder. Nosso adorado “Zé ninguém” luta com ele. Perde. Vai em uma jornada em busca de um “poder maior” e alto descoberta. Volta. Destrona o tirano e salva o dia.
E NÃO ADIANTA VIR ME XINGAR QUE ISSO NÃO É SPOILER! Pegue qualquer filme de herói, analise a trama, que você verá que basicamente é isso. E aqui não foge desse padrão. Então no quesito inventividade de enredo e desenvolvimento do mesmo, já que consegui detectar alguns grandes furos, nossos produtores tomaram uma dolorosa nota zero.
Mas isso não quer dizer que o longa seja de todo ruim. Mesmo com o roteiro nada inventivo, nós temos aqui lutas muito bem coreografas, com ângulos muito limpos, geografia espacial perfeita, bom jogo de câmeras e com uso perfeito e sob medida do efeito de lentidão, dando amplitude e fluidez as cenas. (Parabéns a direção!)
Os atores e atrizes também foram sabiamente escolhidos. Nicole Kidman é maravilhosa como sempre e Amber Heard da vida a nossa mocinha sem deixa-la chata, como algumas que conhecemos. Mas tenho que dar destaque, é claro, a nossa estrela, Jason Momoa, que nos entrega um Aquaman boa pinta, mas também grosseirão. Cheio de carisma, mas também sombrio. Tudo de maneira equilibrada, nunca deixando sobrar ou faltar.

Outra coisa também, que foi muito assertiva, foi o cenário. As cenas que se passam no fundo do mar são de cair o queixo de tão bem feitas. As luzes, os efeitos, as coisas... Estão todos impecáveis. O único pecado foi o modo que eles escolherem para diferenciar a maneira que se fala na terra e de baixo da água. Uma reverberação esquisita? Sério? Mas tudo bem. Isso passa.
Então, de maneira geral, Aquaman é aquele trapo que nós temos apego sentimental, mas exposto com bastante luz e cuidado. O que faz com que gostemos mais dele, mas que, se olharmos atentamente, veremos que é apenas o trapo de sempre.


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