Um romance fofinho...

Título original: A linguagem do amor.

Número de páginas: 659.

Autora: Lola Salgado.

Ano de lançamento: 2019.

Editora: Amazon.

Sinopse: Aos 17 anos, a única coisa que realmente importa para Rebecca é se formar com louvor na faculdade de Letras para, no futuro, realizar o sonho de trabalhar em uma grande editora, perto de todos os livros de fantasia incríveis com as quais cresceu. Morando em uma nova cidade e longe da proteção dos avós, por quem foi criada, ela lutará para não seguir os passos errantes da mãe.

Estaria tudo nos conformes se não fosse o murmurinho percorrendo os corredores da universidade: Adônis, o novo professor de Produção Textual, é um verdadeiro carrasco. Rude, solitário e mal humorado, ele tenta, na verdade, fugir dos fantasmas passados.

“A linguagem do amor” é um romance gostoso e rápido de ser lido.

Sem dúvida nenhuma, o que mais gostei nesse livro foram as diversas referencias a Star Wars, Jogos Vorazes, Harry Potter, Senhor dos Anéis, além de muitas outras obras literárias amadas. E também das várias citações musicais, com um grande destaque aos The Beatles, que dão um toque de personalidade e pessoalidade a obra.

Outra coisa que gostei bastante também foi a trama envolvendo o passado de nossa protagonista. Acho que, mais do que nunca, relacionamentos disfuncionais e abusivos vindos de dentro de casa, precisam ser abordados e discutidos, para que esse assunto deixe de ser tabu e que se passe a buscar soluções e respostas, ao invés de empurrá-lo para debaixo do tapete.

Os personagens, de forma geral, são desenvolvidos na medida certa, mesmo que algumas ações dos mesmos tenham soado, aos meus olhos, meio... Infantis ou clichês demais. (Adolescentes indo para a faculdade e abusando da liberdade que adquirem? Quem nunca viu isso?). Mas, isso não foi um demérito para mim, já que os personagens em si não são estereotipados.

Além dessas ações “comuns”, não posso negar que me incomodei um pouco com relação as idades dos protagonistas. Novamente não foi um demérito, mas, mais vezes que o necessário, eu me pegava pensando: “Mano, que estranho!”. E isso meio que deu uma pesada contra a verossimilidade no meu conceito.

MAS, posso garantir que essa foi uma leitura muito proveitosa e que me deixou bem feliz com o total. Então se você está buscando um romance com personagens engraçados, mas com uma carga dramática forte, com personalidades interessantes e um ritmo confortável, esse pode ser exatamente aquilo que procura.

"Eu não queria ser aquela mocinha dos romances. Pelo contrário, eu ansiava ser a heroína das fantasias, empunhando espadas e vestindo cotas de malha."

(Capítulo 10)