Decepcionante.
Título original: Pet Sematary.
Duração: 100 min.
Estreia: 09 de Maio de 2019.
Direção: Dennis Widmyer e Kevin Kolsch.
Classificação: 16+
País de origem: EUA.
Sinopse: O Dr. Louis Creed (Jason Clarke), após se mudar de Boston para a zona rural do Maine com sua esposa Rachel (Amy Seimetz) e seus dois filhos, descobre um misterioso terreno indígena nos fundos da sua nova propriedade. Quando uma tragédia ocorre, Louis recorre ao seu vizinho, Jud Crandall (John Lithgow), e acaba iniciando uma cadeia de horrores que libera um mal insondável com terríveis consequências.
“Cemitério maldito” é um filme em que fica claro que o diretor
estava confiante demais por ter uma obra de grande renome em mãos e, por causa
disso, acabou sendo extremamente descuidado e colocando tudo a perder.
Veja bem, ele já sabia que, mesmo
executando um filme bem mequetrefe, ele teria alguma bilheteria por conta da
adaptação passada e o do livro no qual se baseou. Por tanto ele pode fazer
desse filme sua “experiencia cientifica particular”, o que resultou em um longa
sem alma, que não consegue totalmente se encaixar naquilo que se propõe, que é
dar medo, e que não sai muito da caixinha do “mais do mesmo”, o que, todas
essas certezas, poderiam ter proporcionado.
Acho que, ao meu ver, o grande
ponto positivo desse diretor, é que ele não se valeu de jump scars. Apostando em
uma linha de terror psicológico, mesmo que pobremente executada.
A linha da trama que achei mais
interessante, mas que poderia ter sido melhor explorada, era a do passado
sombrio da matriarca da família. Com toda certeza, se o diretor tivesse
aproveitado, dava para ter tirado muitos momentos de tensão e até mesmo alguns
sustos, dessa linha dramática. Principalmente se ele usasse do ambiente, nesse
caso a casa, para fazer isso. (Mas esse também é um dos erros da adaptação
passada.)
Claro que, quando comparado com a
antiga adaptação, essa se prova um pouco superior pela ambientação, que aposta
em paletas mais escuras, com sombras marcadas, principalmente nos rostos dos
personagens, com o cemitério sendo quase sempre nos apresentado a noite, com
uma constante neblina e sons ambientes que deixam claro que aquele não é um
lugar convidativo.
Além disso, nós temos também o
inteligente uso do elemento de antecipação para gerar aflição psicológica.
Tanto que desde a primeira cena o diretor frisa a passagem de caminhões na
estrada. Então mesmo que o espectador não saiba o que vai acontecer exatamente,
ele sabe que aquele é um sinal de alerta. E isso causa um grande incomodo, que
ajuda na imersão.
Outro fator que rendeu alguns
pontinhos extras, são as atuações, com um pouco de destaque para a mãe, que
consegue deixar clara sua instabilidade e o quanto o passado ainda a persegue e
assombra.
No geral, vejo que esse consegue
ser um pouco melhor que seu antecessor, mas que, mesmo assim, pisa na bola e
não consegue ser bom por si só. Provavelmente, se não houvesse já o nome
construído por conta do livro do Stephen King, esse seria um longa que passaria
completamente batido e seria trucidado pela crítica. Então eu, particularmente,
não posso dizer que gostei. Mas, para quem quer conferir, fica ai por sua conta
e risco.
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