Um livro com personagens únicos e uma trama que não te deixa largar o livro.
Título original: Mãn som hatar kvinnor. (Suéco)
Número de páginas: 528.
Autor: Stieg Larsson.
Ano de lançamento: 2015.
Editora: Companhia das Letras.
Sinopse: Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou. Quase quarenta anos depois, o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção para a Millennium e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mikael descobre que suas inquirições não são bem-vindas pela família Vanger, e que muitos querem vê-lo pelas costas. De preferência, morto. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados - de preferência, os mais sórdidos -, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois... até um momento presente, desconfortavelmente presente.
“Os homens que não amavam as mulheres” é um romance policial de
marca maior. Complexo, instigante e digno de palmas.
Para quem vê essa gracinha nas
prateleiras, pode ser que assuste um pouco pela quantidade de páginas. Mas
posso garantir que essa é uma leitura tão fluida e todos os elementos estão tão
amarradinhos, que quase não se sente o livro passando. (Eu fiquei tão desesperada
por respostas que “devorei” essa belezinha.)
Além disso, os personagens são
tão, mas TÃO bem construídos que, basicamente, poderiam ser reais. (Inclusive
Lisbeth Salander entrou para o grupo das minhas protagonistas da vida. Você
quer girl power, @? Então pega essa belezinha aqui e tenta conter essa mulher
para ver se consegue!)
É louvável também o feito desse
autor ao construir uma trama tão complexa, cheia de vertentes e envolvidos, mas
sem nunca parecer extremamente confusa ou deixar o leitor perdido para então
aparecer com uma resposta milagrosa. (Como se girasse o leitor em um Gira-Gira, deixasse ele completamente
sem rumo e depois dissesse: “Mas, nossa! O caminho esteve sempre aqui, você que
não viu.”). Na verdade toda a história é construída de maneira honesta e sólida,
em uma trama complexa como uma teia de aranha.
(Infelizmente tudo que eu disser
sobre a trama pode ser considerado spoiler
ou tirar o gostinho das surpresas que esse livro reserva aos seus leitores.
Então, tudo que posso dizer é que essa história despertou tantos sentimentos em
mim, que em alguns momentos tudo que eu queria era começar meu próprio levante
contra “homens que não amam mulheres”. Real.)
"Simplesmente acho patético que sempre concedam circunstâncias atenuantes aos canalhas."
(Página 425)
Com toda certeza lerei, pelo
menos, a trilogia original. Então nem preciso dizer que super indico, não é
mesmo? Se você gosta de romances policiais, está esperando o quê para ler esse
espetáculo aqui, hem?
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