SHAZAM!


Título original: Shazam!
Direção: David F. Sandberg.
Estréia: 04 de Abril de 2019.
Duração: 132 min.
Classificação: 12+.
País de origem: EUA.
Sinopse: Billy Batson (Asher Angel) tem apenas 14 anos de idade, mas recebeu de um antigo mago o dom de se transformar num super-herói adulto chamado Shazam (Zachary Levi). Ao gritar a palavra SHAZAM!, o adolescente se transforma nessa sua poderosa versão adulta para se divertir e testar suas habilidades. Contudo, ele precisa aprender a controlar seus poderes para enfrentar o malvado Dr. Thaddeus Sivana (Mark Strong).

“Shazam!” foi um filme bacana, mas que não entra de cabeça em nenhum tipo de categoria, o que pode ser bom e ruim.
Como um filme de herói é bom, mas não profundo. Para um filme de ação, possui veias cômicas demais. E para um filme de comédia, possui ação demais e alguns pequenos, e mal explorados, dramas. Basicamente ele é um filme de herói cheio de comédia e um bom toque de ação, mas que não pode ser definido especificamente por nada disso.
Não sou conhecedora dos quadrinhos, mas li e ouvi em alguns lugares que a essência dos mesmos está presente nesse projeto, junto com uma infinidade de referencias a outros filmes dentro da mesma temática, como “Curtindo a vida adoidado”. Então, acreditando nessas opiniões, da até para dar um desconto ao filme e acreditar que todos os elementos foram propositais.
Um ponto bacana é que, mesmo não fugindo muito, não temos aqui a típica jornada do herói (Explico melhor sobre ela na resenha do Aquaman). Já que a queda, antes da ascensão total, não é tão brusca e a trama deixa claro que ao final ele não deixou de ser um adolescente com superpoderes, mesmo que tenha evoluído bastante. (E isso não é, exatamente, um spoiler. Fica de boas ai!)
Uma coisa que ajudou todo esse projeto não ser um tremendo fracasso, é que ele mesmo não se leva muito a sério. Nos entregando um longa com muitas cenas caricatas e cômicas, mas com um humor leve e até mesmo honesto, e sem se prolongar muito nos dramas (O que foi uma coisa meio ruim na minha opinião, já que dava para tirar um pouco mais de água dessa fonte e fortificar algumas mensagens que foram brevemente exploradas.).
Os efeitos especiais são básicos e bem feitos. Enquanto a concorrente, Marvel, prefere trocar seus atores por bonecos digitais, a DC prefere suspendê-los em um fundo verde. Não sei dizer qual prefiro. Uma ganha em cenas mais performáticas e outra em uma atuação mais “intimista”. Vai de gosto.
Achei o figurino de nosso super-herói com cara demais de cosplay barato, mas como esse foi um projeto que deixa claro que essa era a ideia, meio que forcei minha cabeça a desligar desse fato e parar de reparar nos enchimentos que muitas vezes atrapalhavam mais do que ajudavam.
Mas não pude fazer o mesmo para o nosso antagonista, que acabou sendo muito unidimensional, caricato e com motivações supérfluas demais para explicarem satisfatoriamente tanto esforço. E essa, provavelmente, foi uma falha tanto do roteiro, quanto da direção e da atuação.

A atuação do protagonista, tanto em sua forma mirim como heroica, são satisfatórias, mesmo que em alguns momentos divergentes (Ele aparente ser muito mais maduro e sofrido em sua forma natural, o que faz com que ele todo serelepe e cheio de enchimentos, acabe nos entregando versões quase discrepantes, mas que não chegam a isso pelo forte pulso da direção e do bom envolvimento que ambos os atores conseguem do público.).

Os secundários são satisfatoriamente explorados e não deixam a desejar. Mas é inegável que nossa grande estrela foi o Jack Dylan Grazer, que mesmo com o papel do famoso melhor amigo do protagonista, nos entrega um personagem MUITO bem desenvolvido e explorado, graças a sua atuação leve, mas que não deixa escapar da rédea mesmo quando o drama e seriedade pedem espaço. (Palmas para esse garoto. E fiquem de olho. Provavelmente esse promete!)

No geral foi um filme legal, vi que muitos fãs curtiram bastante. Ele traz algumas mensagens interessantes e, resumindo, acaba com um saldo bem positivo. Para quem curte super-heróis vale a pena.

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