Um casalzão desses, bicho...

 Título original: Não me dê flores.

Número de páginas: 250.

Autora: Clara Caraciolo.

Ano de lançamento: 2018.

Editora: Livros Prontos.

Sinopse: Tom é um ex-jogador de futebol americano acostumado com a presença de “alpinistas sociais”. Ele, inclusive, conhece cada tipo possível de mulheres interesseiras, da boa moça até a marrenta, passando pela falsa nerd, o tipo mais comum na universidade onde conclui seu doutorado, a Caltech.

Júlia é uma mulher que simplesmente não liga a mínima. Dona de uma língua afiada, olhos que não perdem nada e um filtro que funciona só quando quer, ela não está nem um pouco interessada naquele ricaço metido a besta. Júlia somente deseja terminar seus estudos e voltar para o Brasil, antes que enlouqueça em solo norte-americano.

Tudo segue normalmente, até que em um encontro nada oportuno, Tom rapidamente classifica Júlia como mais uma das mulheres que querem um pedaço de sua fortuna, enquanto Júlia vê na sua frente apenas mais um homem arrogante e preconceituoso que quer um pedaço... bem... dela. 

O que nenhum dos dois imagina é que há muito mais por trás do que as aparências mostram e que, sim, a paixão pode surgir mesmo entre duas pessoas tão diferentes. Não seria a primeira vez, certo?

“Não me dê flores” foi um romance muito engraçado e rapidinho de ler.

Por mais que a história se passe no exterior, coisa que me chateia um pouquinho, temos aqui uma protagonista brasileira. E melhor: negra. Combo: confiante, sincera, desbocada e (segurem-se nas cadeiras), QUE SABE DE TUDO ISSO! (Combo dois: ela é [quase] Doutora em Química. Segura esse mulherão da porra!)

E, para ajudar, (mesmo que um pouco/bastante bocó no começo), nosso mocinho também é negro. (Palmas aqui, galera). Ele é um ex-jogador de futebol americano que agora está se dedicando ao seu doutorado em ciências políticas, visando uma vida filantrópica.

Então, combinando esse casalzão... Mano, foi SUCESSO PURO!

Outra coisa bacana também, que a autora poderia ter explorado mais, foi a questão do quanto algumas coisas são mais difíceis por conta do racismo que está intrínseco na nossa sociedade. (Ela até entra na questão, mas foi mais nos primeiros capítulos e depois meio que acabou diluído pelo romance.)

Resumindo: Indico. Muito.

Para quem gosta de romances e quer ler um engraçado e gostosinho, só se joga de cabeça nesse aqui. E tenho dito!