Um começo instigante e poético.



Título original: The name of the wind.
Número de páginas: 656.
Autor: Patrick Rothfuss.
Ano de lançamento: 2009.
Editora: Arqueiro.
Sinopse: Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.
Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.
Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade. 
Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame. 
Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.

“O nome do vento” foi um livro completo.

"O poder é bom e a estupidez é inofensiva, em geral. Mas o poder e a estupidez juntos pode ser um perigo."
(Capítulo 14: O nome do vento)

Nele nós acompanhamos a história de um hospedeiro, que na verdade é muito mais que isso, que aceita contar sua vida a um Crônista que acaba encontrando-o. Como pré-acordado, a narração completa será feita em três dias, sendo esse volume apenas o primeiro.
Como em qualquer série, esse é apenas um livro introdutório. Onde somos apresentados aos personagens, a problemática central, cenário e etc. E, como tal, apresenta sim uma trama, mas, sem grande “complexidade” ou plot.
É impossível não aplaudir a escrita desse livro, uma vez que toda ela é em um tom muito poético e fluído. São mais de quinhentas páginas de história, mas que, para mim, passaram de forma incrivelmente natural. Sem me cansar ou me deixar entediada.
O “sistema de magia” aqui também é muito interessante, principalmente por não ser exatamente isso, já que é muito mais ligado a forças naturais/físicas e a alquimia. Ao mesmo tempo que é muito “mágico”, também é incrivelmente lógico e, até mesmo, palpável.
Outro ponto bacana é que não há enrolação. Não existem relatos apenas para “complementar” ou “incluir umas páginas a mais”. Tudo ali é incrivelmente relevante e ajudam a construir as bases que, provavelmente, serão usadas nos próximos volumes.
Enfim: SUPER INDICO e pretendo pegar logo a continuação, já que tudo acaba em um ponto que eu fiquei: “Calma! Agora que tudo vai animar de verdade você acaba? Sério? Oi?”. Então estou muito: “PODE PEGAR MEU DINHEIRO, MAS ME DÊ RESPOSTAS!!!”.

"Todos nos transformamos naquilo que fingimos ser."
(Capítulo 92: A música que toca.)

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